Quem sou eu

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Sou assim;Duas de mim.Às vezes três,Quatro,cinco,seis.Sou uma por mês.Me diversifico. Tem horas que grito,vivo num conflito.Mostro ao mundo minha dor;outras horas,só sei falar de amor. A mais romântica,melodramática,estática.Chorosa e nervosa. Carente e decadente. Vingativa e inconseqüente. Aí quando menos percebo me transformo em mulher cheia de medo,cheia de reservas, coberta de sutilezas. Séria sem defesa.No minuto seguinte no papel de mulher fatal.Viro logo a tal. Aí sou dona do mundo. Segura e destemida,altiva e atrevida.Rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro de poesia ou texto. Agrido,inflamo. Conto o que ninguém tem coragem de contar. Explico detalhes que é bom nem lembrar...Sou assim; Várias de mim.Sorriso por fora;angústia toda hora. Por dentro um tormento, no rosto nenhum sofrimento. No corpo uma explosão de prazer,nos olhos meu desejo deixo perceber. Melhor nem me conhecer. Fique com minhas letras, com as minhas palavras. Na vida real sou bem mais complicada.Sou mil... E quem tentou,descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado prestes a explodir. Mas quem nele esteve jamais quis fugir.=D

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Exemplo do Elefante




Quando eu era criança me encantavam os circos e do que eu mais gostava eram os animais.
Tanto a mim, como a outras pessoas me chamava atenção o elefante. Durante o espetáculo, o enorme animal fazia demonstrações de peso, tamanho e força.
Mas depois de sua atuação, e até um segundo antes de entrar em cena, o elefante permanecia preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisionava uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no chão.
Sem dúvida alguma a estaca era só um pedaço de madeira, apenas enterrado alguns centímetros na terra. E, ainda que a corrente fosse grossa e poderosa, me parecia óbvio que esse animal, capaz de arrancar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancar a estaca e fugir.
O “mistério” era evidente!
O que o mantinha, então? Por que não fugia?
Todavia, eu confiava na sabedoria dos adultos. Perguntei então a um professor, um parente próximo, e um tio distante, sobre o “mistério” do elefante.
Algum deles me explicou que o elefante não escapava porque estava amestrado. Fiz então a pergunta óbvia:
Se está amestrado, por que o prendem?
Não recordo de haver recebido uma resposta coerente!
Com o tempo, esqueci do “mistério” do elefante e da estaca...
Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta. O elefante do circo não escapa porque tem permanecido atado à estaca desde muito, muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido sujeito à estaca. Tenho certeza que, naquele momento, ele puxou, forçou, tratando de soltar-se. E, apesar de todo o esforço, não o pôde fazer. A estaca era certamente muito forte para ele.
Juraria que dormiu esgotado, e que no dia seguinte voltou a tentar, e também no outro que se seguia. Até que um dia, um terrível dia para sua história, o animal aceitou sua impotência e se resignou a seu destino.
O elefante enorme e poderoso que vemos no circo não escapa porque crê, realmente, o pobre, que não pode. Ele tem o registro e a recordação de sua impotência, daquela impotência que sentiu pouco depois de nascer. E o pior é que jamais voltou a questionar seriamente esse registro. Jamais voltou a colocar à prova sua força outra vez.

  *  -Muitas vezes somos como os elefantes. Vivemos crendo que muitas coisas “não podemos”. Simplesmente porque, alguma vez, tentamos e não conseguimos.
Fazemos, então, como o elefante: gravamos em nossa memória: “Não posso. Não posso e nunca poderei”!
    -Crescemos carregando essa mensagem que impusemos a nós mesmos e nunca mais voltamos a tentar. Quando muito, de vez em quando sentimos as correntes, fazemos soar o seu ruído, ou olhamos com o canto dos olhos a estaca e confirmamos o estigma: “Não posso e nunca poderei!”, sendo que a única maneira de tentarmos de novo é colocando muita coragem em nossa cabeça e em nosso coração!

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